quarta-feira, 25 de julho de 2012

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

MINHA VITÓRIA COMEÇOU QUANDO EU ERREI




Eu e meu irmão Thiago estudávamos no mesmo colégio, ele bem mais adiantado nos estudos, pois já estava cursando a quinta série e já tinha aulas de educação física, no entanto eu ainda na terceira série, ele próximo de completar o seu décimo segundo aniversario e eu estava longe de chegar aos dez anos, pois há quatro meses eu tinha festejado meu nono aniversário.
Eu sempre muito ingênuo e meu irmão muito sagaz, eu me empenhava para ser o melhor em tudo, porém meu irmão só fazia o suficiente para manter a regularidade em tudo, eu obedecia meus pais em tudo com muito respeito e dedicação, meu irmão era muito preguiçoso, resmungava de tudo e sempre que podia deixava de cumprir os pedidos de nossos pais, embora fosse perceptível a preferencia de meus pais por ele, afinal ele era o mais velho, o verdadeiro primogênito.
Um dia vacilei na escola e advinha quem me flagrou ? Claro, o esperto do meu irmão. Implorei para ele não contar para nossos pais, ele topou, todavia eu teria que substitui-lo em todas as tarefas que papai e mamãe impusesse a ele e sem contar nos seus deveres de escola que eu teria que executar. Eu tentei refutar, sem chances o poder de persuasão de Thiago me venceu, então a partir daquele dia e a partir daquele meu erro começou meu aprendizado.
Tudo que meu irmão tivesse que fazer, eu teria que me oferecer pra fazer em seu lugar, suas tarefas escolares eram minha obrigação, com isso Thiago não fazia mais nada, estava sempre desocupado, para ele sobrava tempo para tudo, ou seja, tudo que não fosse trabalho e estudo, seu tempo se tornava cada vez mais ocioso e o meu cada vez mais atribulado, afinal eu tinha que cumprir as minhas obrigações e as dele.
O tempo passou os anos avançaram e a rotina não mudou, eu que já carregava a fama de bom aluno na escola, fiquei ainda melhor, dedicado em aprender em qualquer âmbito, nunca reclamei do acordo com Thiago e crescia ainda mais. Assim passou nossa adolescência e atingimos a idade adulta.
Com tudo que aprendi, eu pude conquistar tudo que eu sempre sonhei, me tornei um engenheiro altamente gabaritado e assino os mais importantes projetos arquitetônicos do meu país, tenho empreendimentos na Europa, Ásia e nas Américas, sou reconhecido mundialmente, sou o orgulho de minha família, me casei com uma mulher maravilhosa que me deu três filhos lindos, Helena, Heloisa e o caçula dei o nome do meu irmão Thiago Sobrinho, isso para nunca esquecer que quando errei e ele usou o flagrante para me sobrepujar, foi aí que passei a ser melhor do que eu já era.
Meu irmão? Ah ele vive uma vida medíocre. Frustrado e estagnada, sobrevive com uma generosa ajuda que eu lhe ofereço, dei uma vida melhor aos meus pais e uma melhor ainda à minha esposa e filhos e a eles ensino que a igualdade deve ser a mola propulsora para o futuro e o sucesso. Sempre que a vida te oferecer aprendizado, aprenda com ela e não transfira para seu próximo, pois ele ganha e você perde. Humildade e obediência são o seu combustível para o crescimento. A perseverança é o seu alimento para ter forças para vencer. Mesmo por cima seja solidário para que a vida te presentei com o que há de melhor!





Autor: José Venuto

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

UM SILÊNCIO, MUITAS MUDANÇAS

Ao menos uma vez por semana grande quantidade de fogos de artifícios era detonada no bairro Jardim da alegria, todos sabiam que os fogos não eram por nenhum motivo de comemoração especifica, final de campeonato, festas temáticas, nem comício de políticos, curioso que não tinha dia certo, mas o horário era quase sempre o mesmo, o sol se punha e o anoitecer chegava, os fiéis rumavam para a aconchegante matriz da paróquia do bairro.
O vigário Virgilio super bem humorado recebia na porta de entrada da igreja, cumprimentava um a um, muito carismático observava a movimentação dos jovens que entravam para assistir a celebração e também percebia que muitos jovens se agitavam e disfarçadamente iam em direção de onde os fogos estavam estourando, quando os lugares na igreja já estavam todos tomados ele ia para a sua sala se trocava e dava inicio a celebração.
O padre Virgilio parecia ser o único a não saber o porquê dos fogos, mas decidiu perguntar e assim que terminou a celebração, como de costume as pessoas iam até ele agradecer pelo culto, ele então aguardou que a ultima pessoa viesse até ele e esta foi à escolhida para tirar-lhe a duvida. Com sua peculiar discrição abordou um dos músicos que enquanto guardava seu vilão respondeu ao padre que aquele barulho todo servia para avisar os viciados em drogas que, o mercado estava abastecido com uma variedade abundante de drogas.
Para o padre Virgilio isto explicava a pouca presença de jovens na sua igreja, fato que o incomodava, alem de saber que muitas famílias estavam infectadas com o mal causado pelo vicio, mães desesperadas assistiam este desastre e sem forças de resgatar seus filhos, maridos e parentes, contava somente com as orações e a fé do padre Virgilio.
Naquela noite depois do sermão padre Virgilio se transvestiu de alguns trapos pegou uma boa quantia na oferta da semana e saiu irreconhecível. Ele conseguiu chegar até onde eram vendidas as drogas, claro que não foi fácil, era barrado a todo instante, mas o padre era bom de teatro e incorporava bem o personagem de um viciado, assim convencia os guardas do trafico. No meio do caminho teve que comprar um cigarro de maconha para realmente convencer alguns guardas resistentes, o intuído era chegar onde estava o estoque. Depois te der andado quase a noite toda finalmente conheceu Reginaldo o tal traficante da região, sem se identificar mostrou todo o dinheiro que estava portando e queria tudo em drogas. Reginaldo viu um potencial no mal trapilho Virgilio, ofereceu tudo o que tinha recebido ao anoitecer, ficou zerado sem nada para oferecer aos outros usuários. O padre antes de deixar o local fez um pedido ao traficante, suplicou-lhe que tudo que recebesse de drogas reservasse que ele compararia todo o estoque, assim ficou combinado e por vários meses o padre Virgilio gastava o dinheiro das ofertas esvaziando o estoque de drogas de Reginaldo. Com isso os moradores percebiam que a agitação do bairro diminuiu, alguns viciados passavam por uma abstinência involuntária, pois sempre que procuravam drogas nas bocas não encontravam.
Aos poucos o caos instalado naquele bairro por conta do trafico estava diminuindo em proporções consideráveis, mal sabiam que era pela iniciativa do padre Virgilio, que feliz estava com a felicidade de muitos pais e mães e também pessoas que estavam se livrando do vicio por não encontrarem mais nenhum tipo de droga sendo vendida na região, claro que alguns iam comprar fora dali, mas também não era fácil se deslocar para tão longe, assim os viciados estavam sendo vencidos pela falta de oferta de drogas e pela distância de outros pontos.
Mas como todo o bem é perseguido, um dia padre Virgilio foi surpreendido no meio do sermão por policiais de armas em punho e com um mandado de prisão contra o padre, ninguém entendeu nada, mas humildemente o padre se deixou algemar e levado para a delegacia. Há dias a policia investigava certo mal trapilho que buscava drogas com o conhecido Reginaldo, os policiais ficaram surpresos a reconhecer que o sujeito investigado era o vigário bem humorado do bairro jardim da alegria.
Reginaldo foi preso naquele mesmo dia e numa acareação reconheceu o padre como seu cliente, o traficante estava a muito tempo sendo procurado, já havia sido julgado varias vezes e condenado a dezenas de anos de prisão, mas sempre dava um jeitinho de escapar comprando sua liberdade, mas dessa vez a justiça ia ser cumprida.
Algumas pessoas foram a delegacia tentar entender o porque da prisão do padre. Por sua vez o religioso se manteve calado, não quis se defender, nem justificou a queda nos índices de pessoas viciadas naquela região.
Padre Virgilio que não era assim tão jovem, afinal já havia ultrapassado a casa dos setenta anos, era muito humilhado e mal tratado na cadeia enquanto esperava seu julgamento, escutava varias gozações, era tratado como um traficante, pois numa busca em sua igreja fora encontrado muita droga, todo o estoque de mais de dois anos, o padre tirava a droga de circulação e guardava e em cada pacote tinha a data da aquisição, o peso e o valor pago, junto dessa contabilidade um relatório que o religioso pretendia entregar para o bispo seu superior, mas a policia ignorou este relatório e julgou o padre Virgilio como traficante e atribuindo ao crime 11 anos de reclusão junto com verdadeiros bandidos, o vigário ficou lada a lado com estupradores, traficantes, ladrões e estelionatários.
Ele não foi julgado justamente, não quis se defender e na prisão sua saúde se esvaiu de modo que já velhinho não conseguiu cumprir sua pena e morreu no terceiro ano de sua reclusão. Os fiéis ficaram sem explicações do motivo de sua prisão nem ficaram sabendo porque o trafico na região havia acabado, só tinham certeza que padre Virgilio soube ser um santo, pois agia como aprendeu do livro santo que lia, a “B IBLIA”.

Autor: Jose Venuto





terça-feira, 4 de outubro de 2011

SEJA COM TODOS ASSIM COMO ÉS COM SEU FAVORITO

A vida na cidade não é fácil, algumas famílias costumam dizer que os filhos são melhores adaptados à sociedade quando são educados no regime e na cultura do campo.
Nelson, marido de dona Alda forma uma dessas famílias que sonham em fazer seus filhos crescerem dentro desta filosofia, eles tem quatro filhos sendo que o mais velho tem sete anos e o mais novo tem cinco meses e entre eles um tem três anos e o outro tem cinco.Nelson é oriundo do campo, vindo para cidade grande ainda no fim de sua adolescência, desde que chegou à cidade começou a trabalhar numa fabrica e hoje esta de malas prontas para retornar com sua família para o campo. Ele ganhou um bom dinheiro ao longo dos anos em que viveu na metrópole e agora pretende investir num pequeno aras, sonho que tem desde garotinho. Comprou uma pequena propriedade, e pretende com isso voltar às suas origens e passar isso a seus filhos.
Juntou um bom valor que o possibilita montar uma ótima estrutura para a criação de eqüinos, fez muitos cursos antes de tirar seu projeto do papel, comprou sete éguas para matriz e um garanhão puro sangue. No início ele não vai ter funcionários, ele e a esposa vão ter que acompanhar as primeiras crias, pois das éguas que adquiriu, três delas já estão prenhas !
Muito bem instalado com sua família, seus trabalhos já dava sinais que teria necessidade de contratar alguém, pois sua esposa não podia ficar muito tempo ao seu lado lhe prestando auxilio, afinal tinha suas obrigações de dona de casa e cuidar de quatro filhos, um deles ainda muito novinho, isso não era lá uma tarefa muito fácil para Alda. Nelson era bem compreensivo e sempre dava muito carinho aos filhos, porém agora um pouco menos de atenção, pois suas éguas estavam para dar a luz e por incrível que pareça isso ia acontecer com quatro das sete fêmeas simultaneamente.
Pronto, lá no estábulo o processo de parto ocorria normalmente e de longe Alda, as crianças e Nelson acompanhavam. As éguas inquietas se balançavam para facilitar a saída do potro, Nelson quis ajudar, porem não iria conseguir dar atenção a todas, escolheu uma e foi ajudar, para diminuir o sacrifício da fêmea, ele escolheu uma delas e começou a puxar a cria que já tinha parte do corpo para fora. Nelson puxava o animalzinho da égua escolhida enquanto as outras passavam pelo processo natural de parto; Ufa, Nelson conseguiu com sucesso e nasceu um belo potrinho, as outras éguas também tinham suas crias já sãs e salvas, nem precisou da ajuda de seu dono, mas algo estranho estava acontecendo, os animais recém nascidos das éguas que não tiveram a ajuda de Nelson estavam todas com seus filhotes em pé ao seu lado, porém justamente o potrinho que Nelson ajudou a nascer estava deitado sobre as patas tentando se levantar, sua mãe nem se aproximava, Nelson sim, aproximou e tentava colocar o animal em pé e aproximá-lo de sua mãe, rejeitado o cavalinho que não tinha forças para ficar em pé para mamar.
Nelson tratou de ordenhar a égua e colocar seu leite numa mamadeira era como se cuidasse de um filho e assim passou a tomar conta do filhote.
O tempo foi passando e o cavalinho não ganhava o mesmo porte que os outros que nasceram no mesmo dia. Um veterinário foi chamado e Nelson contou como foi o parto daquele cavalinho, então foi admoestado.
Não se deve interferir no processo de parto dos animais, principalmente quando não esta havendo nada de errado, pois faz parte do processo da fêmea para ter afeto pela sua cria, se o filhote nasce sem que ela tenha tido seu contato de mãe ela pode rejeitar depois de nascido, ela pode rejeitar e em alguns casos a mãe até esmaga o filhote !
Foi o que aconteceu, aquele filhote foi crescendo problemático sem o acompanhamento de sua mãe, fraco desengonçado e solitário, sua vida adulta estava prejudicada pelo excesso de zelo do seu criador, o que seria uma ajuda passou a ser uma sentença para o pobre cavalinho.
Na vida temos vários amigos, mas escolhemos um como o preferido e o estragamos, comum entre pais com vários filhos, se escolhe somente um dos filhos para dar carinho e ajudar em excesso, ele se acostuma com seu auxilio e não anda com as próprias forças, enquanto os demais filhos vencem suas batalhas sozinhos, o seu preferido não tem resistência com os inimigos.
Esteja sempre por perto quando alguém precisar de você, porém deixe ele usar suas próprias habilidades para superar suas dificuldades, não o tenha como seu, mas o tenha para amá-lo.





Autor: José Venuto






segunda-feira, 26 de setembro de 2011

PERSEVERAR PARA PROSPERAR


Depois de muitas dificuldades no passado seu Anacleto supera o analfabetismo com muita persistência. Em meio a um longo período desempregado e além de enfrentar os problemas com a falta de estudo, ele mal conseguia ler e escrever, praticamente sabia apenas assinar o próprio nome e apanhava muito com as quatro operações da matemática.
Até que o seu Anacleto se virava bem com a quarta série concluída em seus tempos de adolescente, mas isso não era suficiente para conseguir um emprego, tentou por vários meses e via sua família quase mendigando, desesperado com aquela situação, seu Anacleto iria jogar a toalha.
Numa última tentativa ele levantou-se bem cedo naquela quinta-feira, porque na tarde anterior ele ouviu dizer que havia algumas vagas de emprego no Ceasa daquela região, no fundo ele nem tinha idéia do que ia fazer lá, porém ele precisava de um emprego urgente, pois sua mulher e seus três filhos de idade entre quatro e dez anos não tinham com ajudá-lo, somente podiam torcer pelo pai guerreiro. Seu Anacleto percorreu todos os armazéns de frutas, legumes e verduras, as respostas foram sempre negativas, durante todo o dia ele tentou uma colocação e aceitava qualquer ocupação para desempenhar com sua força de vontade.
No fim da tarde já cansado ele teve que percorrer o caminho de volta, então ele via os funcionários dos armazéns jogando no lixo grandes quantidades de legumes, verduras e frutas, parou aproximou-se de um dos containers onde estava sendo despejado os alimentos, os funcionários permitiram que seu Anacleto levasse para casa tanto quanto conseguisse carregar, afinal tudo ainda estava bem fresco e em condições de consumo, então ele encheu algumas sacolas e a variedade era enorme, com muito peso ele rumou para casa com o pensamento de que ao menos estava levando o que seus filhos pudessem comer.
Chegando em casa ainda com a luz do dia, pediu a ajuda da esposa para lavar os alimentos que iam para o lixo e prepará-los para a família comer, sua mulher vendo a grande quantidade teve a idéia de dar uma arrumada na garagem e expor os alimentos para os vizinhos, quem sabe alguém se interessava em comprar, afinal a garagem era ampla e não tinham carro, um sonho distante para seu Anacleto. Os alimentos vieram de graça e a família não comeria tudo antes que estragasse, se fosse oferecidos num valor bem baixo seria de grande ajuda qualquer valor que entrasse como receita para quem só tinha débito.
Antes que entrasse a noite a garagem estava pronta para receber as frutas, legumes e verduras, nem precisou muito para organizar o local, pois seu Anacleto mantinha a garagem vazia e sempre bem limpinha, foi só improvisar algumas bancadas com algumas caixas e levantar a porta da garagem que a partir daquele dia passava a ser a frutaria e quitanda do seu Anacleto. Foi um sucesso, naquela noite o mais novo comerciante do bairro vendeu tudo o que tinha tirado do lixo, os produtos estavam em ótimo estado de frescor nem tinha aspecto de refugo, dali por diante todos os dias a tarde seu Anacleto ia ao Ceasa buscar sua mercadoria, ele chegava em casa sempre antes do anoitecer com alimentos fresquinhos e os colocavam a venda por um valor muito atrativo e seus vizinhos contribuíam para sua frutaria crescer. Mesmo com o sucesso de seu comércio ele nunca esquecia dos momentos difíceis e nunca jogava fora aquilo que não servia para vender, no seu bairro sempre aparecia alguém que passava por dificuldades, então ele oferecia aquilo que ainda tinha condições de ser consumido.
Seu Anacleto prosperou de tal maneira que abriu uma frutaria em um outro bairro onde os moradores eram de maior poder aquisitivo, deixou de oferecer os produtos de refugo e comprava direto dos produtores que abasteciam o Ceasa, a qualidade de seus alimentos melhorou muito, ele podia praticar os mesmos valores no seu próprio bairro e obter um lucro maior na frutaria do bairro dos bacanas. O tão sonhado carro não demorou a se tornar uma realidade, seus filhos tiveram condições de estudar em bons colégios e sua esposa gerencia seus negócios e seus funcionários.
Um dia em dificuldades, num outro solidários aos menos favorecidos, assim seu Anacleto deixa seu exemplo de perseverar para prosperar!


Autor: Jose Venuto

terça-feira, 20 de setembro de 2011

DE UMA BARGANHA A UM VENDEDOR

Que historia interessante Anselmo me contou, com apenas 16 anos ele descobriu sua vocação para vender, exatamente no dia em que fez aniversário ganhou de presente um tênis de seu irmão mais velho, o Antonio. Por não ser o tênis que ele sempre quis ganhar resolveu vendê-lo e assim poder comprar o que ele namorava a tempos na vitrine da loja de calçados do shopping aonde ele ia às vezes paquerar algumas garotas.
Antes de ter um interessado no seu produto, ele procurou saber quanto foi pago pelo irmão, claro que Antonio não revelou o valor do tênis, onde já se viu dar um presente e dizer quanto se pagou por ele, presente para quem gostamos não tem preço e sim valor sentimental!
Anselmo não quis nem saber o valor sentimental que seu irmão empregou no presente, ele queria mesmo era o tênis que não saia de sua cabeça. Já que Antonio não disse o valor, ele resolveu pesquisar nas lojas e descobriu que o preço do presente era bem mais alto do que o tênis que ele queria. Com a informação ele passou a ofertar o seu presente aos amigos, muito esperto e com bons argumentos conseguiu que três de seus colegas de colégio se interessasse pelo tênis, ficou ainda melhor ter mais que um possível comprador, particularmente ele conversou com cada um dos interessados e descobriu que seus colegas tinham curiosidade de saber quanto alguém já teria oferecido pelo tênis, daí seu tino para vendedor despertou, logo ele pensou que dizendo um valor maior a um deles abriria um leilão, fato que poderia ser vantajoso !
Enfim conseguiu um valor bem maior pelo seu tênis vendendo a um de seus colegas, mas para não deixar os outros dois colegas insatisfeitos, foi até a loja comprou outro par de tênis e vendeu também a outro colega e repetiu a ação de forma que satisfez três colegas e praticamente dobrou o valor pago por seu irmão.
Assim ele comprou o tênis que gostaria de ter. Para não deixar Antonio magoado comprou também um tênis igual ao que ganhou de presente ficando assim com dois pares de tênis e algum trocado no bolso que mais tarde transformaria em capital de giro, se tornando um negociante fabuloso !

Hoje alcançou um patamar invejável por, um sucesso que o fez conquistar o mercado de calçados e posteriormente entrou no ramo de compra e venda de automóveis, ramo que também foi muito bem sucedido, tanto que pouco tempo depois deixou de ser uma simples loja de revender carros para se tornar uma grande concessionária de veículos.
Com todo esse império, ajuda toda sua família, Antonio é gerente de uma de suas lojas de sapatos que casou-se e sua esposa também é uma de suas gerentes. Mantém seus filhos em ótimas escolas e seus pais têm a casa que sempre sonharam.
Enfim uma barganha do passado que rende frutos até hoje!
Qualquer semelhança dessa ficção com a realidade é mera coincidência !

Autor: Jose Venuto

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

INJUSTIÇA NAS COMPARAÇÕES

Outro dia, comparando diferentes qualidades de flores, sem nenhum conhecimento em botânica, minhas comparações eram meramente imaginárias, pois a diversidade de espécies era fruto do estereótipo de beleza que minha mente criou para definir erradamente um padrão de exuberância floral em meu paraíso imaginário.
Eu me equivoquei, pois logo percebi que minhas comparações sem critérios me levaria a praticar a injustiça, pois há de se exaltar a peculiaridade de cada espécie.
Experimente você comparar uma rosa do seu jardim com uma flor de palma lá do agreste, defenda sua conclusão e plante a que mais lhe agrada de um lado em seu jardim imaginário e a outra plante do lado oposto, leve em consideração cuidados que terá com ambas.

Não seja injusto abandonando, nem dando sua atenção somente a uma delas !

Como podemos classificar uma rosa como bela se seus espinhos deixam marcas quando as tocamos ou deixar de fora da lista de beldades dos jardins a flor de palma que resiste a rispidez do calor agressivo do agreste e assim enfeita a caatinga com o seu verde e seus inúmeros espinhos, cada uma delas em seu ambiente, cada uma com sua beleza particular!
O espinho que ao mesmo tempo protege a rosa a deixa rústica ao tato sem diminuir sua beleza, também dá a flor de palma o encanto e a proteção necessária para ser a princesinha do sertão presente no solo seco, sobrevivendo como milagre da natureza.

O meu equivoco reconhecido não acaba por aí, os meus enganos continua em minhas comparações sem critérios definidos, alias, quem sou eu para fazer comparações, pois não obedeço a nenhum padrão de comparativo, o que pode ser belo ao meu controle de qualidade, escapa do gosto refinado de outra pessoa. O carro que para mim é extraordinário, não serve para meu próximo, o ambiente para minha diversão, não tem nada haver com o que diverte meus amigos. Será que sou diferente das demais pessoas da sociedade?

As canções que me agradam, os jovens não ouvem, os livros que leio e enriqueço meus conhecimentos, pouco atraem os amantes da vida noturna. O que assisto na televisão quando quero passar o tempo, não prende a atenção das crianças, meus acessos a conteúdo da internet não faz de mim mais do que sou, porém para outros tornaria ferramenta de formar caráter e personalidade.

Aprendi a me comparar com os grandes, pois assim sei que nunca vou ser superior a ninguém, e quando for comparar os maiores com um menor, saberei que o pequeno pode surpreender por conta do seu julgamento e resultado premeditado.

Seja justo em suas comparações e terá a justiça como escudo!
Quer ser grande? Valorize as pequenas coisas e atitudes a sua volta!
Atribua ao bem as pequenas recompensas que a vida lhe oferece!


Autor: José Venuto

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

FICÇÃO OU REALIDADE


Qual personagem você esta representando na novela da vida real?
Qual núcleo de personagens da novela você se encaixa?
Qual a cena da novela se confunde com sua própria vida?
Qual cenário visto na ficção das novelas é o mais parecido com o que você vive?
Qual personagem você esta representando na novela da vida real?
Qual o capítulo da novela da vida você não entendeu?
Qual o desfecho da novela que nunca termina?

Qual o capítulo da novela da vida você não entendeu?
As novelas ditam o caminho para a moda a ser imitada pelos telespectadores.
Tudo escrito para que você fique refém do modismo pleiteado nos apelos cenográficos.
Ambientes são criados para mexer com suas opiniões pessoais, você já não é mais dono delas!
Personalidades invertidas, valores morais esquecidos, virtudes banalizadas, isso é o que se vê!
A sexualidade sem fronteiras onde é normal homens que viram mulheres e vice versa.
Parece ser tudo muito real o que vemos na ficção das novelas!
Qual o capítulo da novela da vida você não entendeu?

Qual personagem você esta representando na novela da vida real?
A vida hoje é retratada em capítulos de novela, fato que impõe pessoas a imitarem a ficção.
A fantasia assistida em capítulos passa a ser sua realidade sem você se dar conta da realidade.
Às vezes você se vê como o bonzinho, mas quando você é o vilão acha normais suas atitudes.
A cor dos meus cabelos não esta legal, vou mudar e ficar igual ao meu personagem favorito.
Minhas roupas estão fora de moda, me sinto cafona e por isso vou remodelar meu visual.
Nossa, que mundo é esse que eu estou vivendo? Sou eu o estranho ou as pessoas mudaram?
Qual personagem você esta representando na novela da vida real?

Qual cenário visto na ficção das novelas é o mais parecido com o que você vive?
Quero ser sempre visto com amigos e amigas de boa cultura, chega dessa gente ralé!
Shopping, cinemas e bares badalados e cheios de luzes piscando, um frenesi incontrolável.
Você freqüenta parques públicos, vai à igreja todo fim de semana, é assim que curte a vida?
Não acredito que você sai com primos e vizinhos para passear e se divertirem gratuitamente!
Vai dizer que você nunca sentiu nojo ou tapou o nariz ao ver um mendigo nas calçadas?
Já sei, quando viu alguém dar algumas moedas a um pedinte você resmungou criticando.
Qual núcleo de personagens da novela você se encaixa?

Qual a cena da novela se confunde com sua própria vida?
O preconceito nas novelas eu repugno veementemente, mas não concordo em ter amigos homosexais.
As cenas de violência da novela me entristecem, no trânsito briguei com um motoboy mal educado.
Odeio quando vejo injustiça praticada entre personagens ricos e pobres da novela.
Acho muito legal as denuncias feitas através de cenas bem boladas.
Eu já pensei em denunciar situações incorretas, recuei por conta do medo!
Fico comovido com lições de vida que pregam, porém não acredito na recuperação das pessoas.
Qual personagem você esta representando na novela da vida real?

Qual é o desfecho da novela que, nunca termina?
Vendo novelas, uso uma peneira virtual para filtrar o que me ajuda a crescer como ser humano.
Os estereótipos de beleza que impresso nos personagens me fazem procurar um algo a mais nas pessoas.
Não serei mais a mesma pessoa depois de ter acompanhado todos os capítulos.
O autor conseguiu com seus personagens me transformarem...isso é bom ou mal?
A novela chega ao fim, porém continuo vivendo os personagens dentro de mim!
Afinal, que contribuição teve na minha vida a novela que eu acompanhei?
Qual é o desfecho da novela que, nunca termina?


Autor: José Venuto

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

VOCÊ TEM RAZÃO OU VAI DAR DESCULPA

                                    
Preciso de uma razão para rezar, estou sentido Deus distante de mim,
Será que minhas falhas e intolerâncias fizeram Deus me abandonar?
Se eu cometo erros, não é Deus quem se afasta de mim, nem me abandona
Mas são sim meus erros que me coloca em rota de fuga de sua presença divina.
Mesmo assim preciso de uma razão para rezar!

Preciso de uma razão que, me encoraje a gritar e faça ecoar a minha voz,
Vejo bebes abandonados em sacos lixo serem salvos antes do ultimo respiro,
Seu grito abafado pelas buzinas de carros na avenida e latidos de cães.
Bebes sob escombros ou carregados pelas enchentes, esperando um milagre.
Mesmo assim preciso de uma razão para gritar!


Preciso de uma razão para ajudar a um amigo a se reerguer na vida,
Ao lado meu vizinho vive a mendigar para que seus filhos tenham o que comer,
Em minha churrasqueira a fumaça do carvão denuncia a picanha ao ponto,
O meu vizinho continua correndo atrás de comida para suas crianças
Mesmo assim preciso de uma razão para ajudar!


Preciso de uma razão para sair de casa e ir para rua fazer alguma coisa
A televisão mostra todos os dias tragédias natural dizimando famílias,
E eu trocando os lustres de vidros transparentes por cristais importado,
A violência nas famílias engrossa as estatísticas enquanto vou para Disney
Mesmo assim preciso de uma razão pra fazer alguma coisa!

 

Preciso de uma razão para chamar o próximo de, meu irmão.
Pois afasto o Divino Deus da minha insignificante presença humana,
Vejo mães que abandonam bebes em lixeiras sem amor ao rebento,
Esbaldo-me de comida nobre e meu vizinho mendiga por seus filhos.
Enquanto a televisão mostra tragédias, eu estou dentro de um cinema,
Mesmo assim preciso de uma razão para chamar meu próximo de irmão.



Preciso de uma razão para amar sem distinção e a todos com medidas iguais,
Mas atravesso a rua ao ver um pedinte encostado num canto qualquer,
Escuto gritos de socorro, mas continuo com o fone do MP3 em meus ouvidos,
Ei psiu, ajude-me a levantar, faço de conta que não é comigo e sigo em frente,
Mesmo assim preciso de bons motivos para amar sem distinção.


O que não preciso é de desculpas para fechar meus olhos e ouvidos,
Dou desculpa que não tenho tempo ou que não posso fazer nada,
Invento desculpas para não sair do lugar e me preocupar com a causa alheia,
Não tenho dinheiro, não tenho vontade, só tenho desculpas pra dar,
Não tem razão suficiente para superar todas as minhas desculpas.
Aprendi a razão de viver, não dando desculpa a quem precisa viver!
                                
Autor: José Venuto

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

CONTATO IMEDIATO

CONTATO IMEDIATO
Antes do anoitecer, o telefona toca insistentemente na casa de uma distinta senhora da sociedade. Ela olhava para o aparelho tocando e resmungava muito, tapava os ouvidos e dizia que não estava disposta a atender ninguém, pois sempre alguém ligava pedindo algum tipo de doação. A cada dez minutos o telefone voltava a chamar deixando a dona da casa cada vez mais irritada, até que ela vai até o aparelho tira-o do gancho e nem chega a levá-lo ao ouvido e recoloca-o novamente no gancho. Isso se repetiu por várias vezes. Foram incontáveis as vezes que o telefone tocou e ela esbravejou. Antes que ela se recolhesse em seu quarto teve a idéia de tirar o telefone do gancho para que ele não tocasse mais, achou a iniciativa brilhante e lamentou não ter pensado nisso a mais tempo, com certeza quem estava ligando encontraria a chamada em tom de ocupado e assim poupava aborrecimentos !
Tomada essa atitude, a senhora foi para seu quarto onde tomou um banho e logo após pegou um livro, um daqueles que a leitura ajuda a relaxar até que o sono chega e nos nocauteia sem cerimônias.

Ela não demorou a pegar no sono, a leitura surtiu o efeito desejado, teve uma noite tranqüila, sonhos agradáveis, até parece que nada havia lhe perturbado durante a noite anterior. Pela manhã se levantou bem antes do horário de costume e de humor renovado preparou um belo café da manhã, foi ao quarto de seu único filho e sua cama estava vazia, parece que o garoto não havia dormido em casa, ele costuma sair bem cedo para trabalhar quando a mãe ainda esta dormindo e saindo do trabalho ele ficava direto na faculdade. Ela sem demonstrar preocupação, voltou a cozinha e tomou seu café da manhã sozinha, imaginando que o filho também se adiantou no horário de costume de sair para o trabalho.

Sua tranqüilidade acabou quanto seu interfone tocou, ela atendeu e permitiu que a pessoa entrasse, logo após a formalidade veio a noticia, socorremos ontem a noite um jovem que havia sido atropelado e abandonado na calçada, levamos ele até um pronto socorro, pois ele estava muito mal, chamava pela mãe, vimos que suas forças estavam se esgotando e sua respiração ficando cada vez mais difícil, porém ele não parava de chamar pela mãe. Foi então que pegamos um celular que ele tinha em seu bolso da jaqueta e localizamos o número editado como sendo de sua residência. Ligamos para cá ontem várias vezes, mas alguém atendia e antes que pudesse nos ouvir colocavam o telefone no gancho. Foram inúmeras vezes nossas tentativas de fazer contato, no entanto como não tivemos sucesso resolvemos buscar outra alternativa, infelizmente quando conseguimos o endereço daqui, já não tínhamos mais o que fazer a não ser esperar o dia amanhecer e chegar ao endereço para dar a noticia que ninguém gosta de dar, o corpo dele esta agora no hospital esperando para ser reconhecido por algum de seus parentes.

Por que se irritar com o telefone? Porque não atender ao menos para saber quem é? Porque não dar uma chance a alguém que quer te falar algo? Reflita!

Autor Jose Venuto


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

TONY & RUDOLF - EPILOGO

EPILOGO

Ao logo do caminho, Tony recordava-se emocionado alguns episódios de sua vida até aquele momento presente, lágrimas desceram de seus olhos ao passar por suas lembranças o momento em que reencontrou Rudolf depois de ter sido negligente com ele na defesa da fronteira. Hoje são amigos e a amizade era tão sólida quanto uma rocha e cada vez mais unidos pelo amor da mesma paixão, a medicina. Tony suspira profundamente, se recompõe e enxugas seu rosto, afinal estava muito próximo de chegar à casa do diretor geral do hospital, o chefe.
Foram recebidos cordialmente pelo diretor e sua esposa e acomodaram-se numa belíssima e confortável sala de estar, onde lhes foram servidos um cálice com um delicioso vinho. Aline apresentou uma leve palidez ao tomar o primeiro gole e queixou-se de mal estar, num ambiente onde havia três médicos, todos tiveram uma preocupação momentânea com a mulher de Rudolf, mas a opinião unanime dos doutores, Aline estava esperando um bebê. Que ótimo momento para este sintoma se manifestar, porque motivou o chefe antecipar o anuncio que só faria no decorrer do jantar, agora seria duas maravilhosas noticias naquela noite esplendorosa.
Sem muitos mistérios, o diretor noticiou que a partir daquele dia, ele estava deixando o comando do hospital e já havia dividido a administração, onde passaria a diretoria para seus dois melhores médicos e amigos de alta confiança, Rudolf e Tony.
Surpresos os dos amigos e suas esposas ficaram totalmente mudos por alguns minutos. Silêncio quebrado pelo chefe, que justificou a decisão tomada, estava oficialmente aposentado, aproveitaria o tempo ocioso para desfrutar com sua esposa, viajar, conhecer novos lugares e pessoas, colocar em prática novos projetos, enfim experimentar viver uma nova realidade, para isso teria que deixar o hospital em mãos comprometidas e responsáveis, pessoas que fariam o melhor para que não se perdesse vidas, nada melhor que dois amigos talentosos e que doam sua dedicação a quem pouco tem esperança.
Uma grande comemoração em família houve naquela noite, um agradecimento ao destino que por motivos insertos fez das diferenças, aliada para uma grande amizade, uniu famílias, salvou vidas e dá alento aos desesperados, colocando sorrisos de alegria onde só havia choro e tristeza, restaurando a saúde em lares destruídos por doenças.
O diretor aposentado passou anos viajando com sua esposa e por onde passavam faziam novos amigos, deixando sempre alguém feliz com a presença de um nobre casal.
Rudolf e Aline se tornaram pais. Todas as férias iam passear no país de origem do médico até que chegou a montar um hospital que dirigia a distância, de forma que usava seus conhecimentos para também ajudar seus compatriotas, afinal, sua pátria nunca havia sido esquecida e fazia parte da sua historia de ser humano vencedor.
Tony e Deborah também tiveram um filho, xodó dos dois lados da família, garotinho experto e saudável a alegria dos pais. Já nasceu com o futuro garantido e ótimos exemplos para incorporar à sua historia, assim como seus pais escreveram ao logo do tempo, assim como a água forma sua calha por entre rochas para seguir seu destino.
Uma historia onde o sofrimento e os traumas foram superados através do perdão mútuo, solidariedade, compaixão e muito amor entre as pessoas!



Autor: José Venuto




segunda-feira, 8 de agosto de 2011

TONY E RUDOLF, INIMIGOS POR ACASO E AMIGOS PARA SEMPRE - 12º CAPITULO

TONY E RUDOLF, INIMIGOS POR ACASO E AMIGOS PARA SEMPRE
Depois de algumas semanas em viagem de lua de mel, Tony e Deborah retornam, na bagagem muita felicidade, novas experiências e vários projetos, inclusive estavam de forças renovadas para vários outros passos importantes que iriam dar na nova vida.
Enquanto Deborah desfazia as malas, Tony fez algumas chamadas telefônicas, falou com o amigo Rudolf, interou-se de como andaram as coisas no hospital durante sua ausência, apesar de estar adorando a companhia da esposa, Tony estava ansioso em voltar a clinicar, queria rever seus amigos, seus pacientes e a sentir o clima que corria nos corredores do hospital, onde construía os alicerces para realizar seus sonhos no futuro.
Depois de todas as coisas nos seus devidos lugares, o casal deixou a casa e foram dar uma volta e, quebrar um pouco a ansiedade de retomar a rotina cotidiana. Visitaram a casa dos pais de Deborah, mostraram fotos que fizeram durante a viagem, deram boas gargalhadas revendo algumas cenas vividas ao logo dos vários passeios. Lugares exóticos, pitorescos e muito divertidos fizeram parte do itinerário, realmente uma viagem extremamente relaxante e divertida ao mesmo tempo, as fotos denunciavam a descontração dos recém casados totalmente apaixonados um pelo outro...
Também foram visitar os pais de Tony, onde repetiram a apresentação das fotos da viagem, como se fosse um mini documentário da rotina vivida na lua de mel.
Como na vida te todos os recém casados, as marcas da felicidade ficam gravadas para sempre, ainda mais quando o sucesso acompanha a trajetória de dois jovens que se uniram pela força que o amor exerce para atrair duas vidas, vidas que cada um deles com suas particularidades e diferenças, vidas de pessoas com opiniões diferentes, mas que juntam tudo que há entre um e outro para formar um casal com tudo em comum a partir do matrimônio que a vida tratou de formalizar com base no amor intenso entre Deborah e Tony !
Na manhã seguinte, passado o êxtase da volta para casa, é hora de trabalhar, Deborah recomeça de onde parou e Tony revê seus pacientes, entre uma consulta e outra os amigos vai até seu consultório para abraçá-lo e desejar-lhe um bom retorno.
No fim daquele dia, Rudolf e Tony foram convidados pelo diretor do hospital a um jantar em sua casa, ele tinha algumas novidades que gostaria de passar aos dois, porém o momento seria especial, teria que ser fora do ambiente de trabalho, por isso sua esposa estava preparando algo diferente para que as esposas tivessem presentes neste jantar.
Ambos aceitaram o convite e imediatamente comunicaram as vossas esposas que, naquela noite se reuniriam na casa do diretor do hospital, se tratava de um convite irrecusável, o assunto do encontro não foi divulgado, por conta disso a curiosidade aguçou a ansiedade dos médicos e também de suas esposas. O jantar estava marcado para 21h15min horas, porém a expectativa por uma surpresa agradável estava nítida nos semblantes de Rudolf e Tony sem saber o que iria acontecer naquela noite de belíssimas estrelas e uma lua de luz prateada.
Com o término do expediente e fora das dependências do hospital, os amigos médicos combinaram de irem juntos ao jantar. Tony se prontificou a passar na casa de Rudolf e apanhá-lo juntamente com a sua esposa, dessa forma usariam um único veículo.
Na hora marcada, Tony e Deborah estavam com seu carro parados à frente da casa de Rudolf e Aline, não demorou muito e o casal chega para se juntar e partirem para a casa do diretor, assim o mistério seria desfeito a poucos metros de distância e poucos instantes.

O que será que virá pela frente?...
Autor: José Venuto

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O SUCESSO SE REPETE - 11º CAPITULO

 O SUCESSO SE REPETE

Aline e Rudolf ainda tinham mais uma semana para desfrutar de sua viagem de lua de mel, porém Deborah e Tony corriam contra o tempo para deixar tudo pronto para o casamento.

Era preocupação em terminar a decoração da casa, lista de convidados, organização da cerimônia e a viagem de lua de mel, local que ainda estava indefinido, pois era grande a duvida do casal.

Do resto Deborah tinha tudo sobre controle e estava cuidando muito bem para que, quando chegasse a hora, o sucesso se repetisse, assim como foi o casamento dos amigos Rudolf e Aline.

O tempo passava e a cada amanhecer faltava menos dias para o casamento de Deborah e Tony, aliás toda a família do casal esperava ansiosamente a chegada deste grande dia, todos torciam muito pela felicidade deles, a historia que os dois estavam vivendo era um perfeito conto de fadas, Deborah, linda, meiga, amável e muito atenciosa com todos, Tony rapaz humilde, sempre bem humorado, educado bom moço e querido por todos, um nasceu para completar o outro e assim formar um casal perfeito.

A semana passou e a lua de mel do casal de amigos chegou ao fim, Rudolf retorna ao hospital e retoma seu atendimento, sua rotina do dia a dia, muito satisfeito e com a felicidade estampada em seu sorriso e em tudo que estivesse fazendo, o doutor era a pessoa mais feliz daquele hospital. Seus pacientes que já eram bem tratados, agora o tratamento estava ainda melhor, o médico irradiava a todos com sua alegria.

Aline também não cabia dentro de si, tamanha era sua felicidade, a vida voltava ao normal, porém com um ingrediente a mais para viver feliz para toda a vida e transmitir essa felicidade a sua volta.

Depois de alguns dias que Rudolf e Aline voltaram da viagem, Deborah e Tony foram visitá-los em sua nova casa, entre um assunto e outro o casal visitante queria mesmo era a ajuda dos recém casados para a organização da cerimônia que estava se aproximando a passos largos, afinal duas semanas passam muito rápido e, a experiência vivida recentemente pelos amigos seria de grande valia neste momento de grande ansiedade, na medida em que o dia do casamento vem chegando, com ele chega também às duvidas.

Aline e Rudolf se colocaram a disposição, estavam dispostos a contribuir com tudo que fosse necessário para que a cerimônia, a viagem de lua de mel se tornasse inesquecível na nova vida dos amigos.

Tudo certo e nos conformes e o grande dia de Deborah e Tony chegou aquele corre-corre, a noiva e seu processo de realçar sua beleza, Tony e suas preocupações com seus pacientes e também seus convidados, a euforia contagiou a todos.

Rudolf se encarregou de cobrir a ausência de Tony no hospital, assim como na época em que ele ficou ausente por canta de seu casamento e viagem de lua de mel, deixando Tony bem tranqüilo para aproveitar ao máximo sua viagem de núpcias.

A igreja toda linda para uma cerimônia digna de um casamento de nobres, tudo que os noivo haviam sonhado corria dentro de uma previsão seguida a risca, parentes e amigos e todos os convidados emocionados, o casal distribuindo belos sorrisos.

Enfim casados, recebem os cumprimentos de todos e dão inicio à festa, ambiente muito agradável, musicas dançantes, comes e bebes a vontade e para todos os gostos, com certeza todos vão sair satisfeitos deste evento, acontecimento inesquecível na vida de duas pessoas que se amam e sonham viverem juntos para sempre um do outro e com os filhos que virão, escrevendo paginas históricas de uma família feliz.

Tony e Deborah iniciam a tradicional valsa e convida todos os presentes a acompanhá-los e todos dançaram em confraternização aos amigos recém casados, o buquê da noiva foi lançado ao ar enquanto a dança acontecia de forma que, tanto homens e mulheres solteiros concorressem ao suvenir que simbolizaria a próxima união, também os casais já casados poderiam fazer parte do sorteio, assim reafirmariam a continuidade de vossa união, praticamente todos os convidados se agitaram em busca do buquê, tudo muito bem organizado e todos esbanjando alegria pelo momento vivido.

No auge da festa, sorrateiramente Deborah e Tony deixam a festa rumo ao aeroporto, eles partiriam para a viagem de lua de mel, passariam quase um mês passeando e se divertindo em um país tropical, desta forma, mais um casal feliz daria inicio a uma trajetória de muito sucesso baseado no amor e na fidelidade.
Autor: José Venuto

segunda-feira, 25 de julho de 2011

AMIGOS SEM FRONTEIRAS - 10º CAPITULO

AMIGOS SEM FRONTEIRAS
Um sucesso a surpresa que Deborah e Tony prepararam para Rudolf e Aline, amigos de verdade sempre tem algo diferente para mostrar quando quer expor a publico uma grande amizade. Todos ficaram emocionados com o reencontro de Rudolf com irmãos internos do orfanato onde esteve por toda sua infância. Aline só conhecia a história contada por seu agora marido, mas nunca teve contato com o passado de Rudolf, pôr não menos surpresa que os demais, ela agradeceu o presente especial que Tony e Deborah prepararam com tanto segredo.
Na festa todos se divertiam, os convidados estrangeiros interagiam, enturmavam-se com o restante e os recém casados curtiam seu momento inesquecível, dançavam, compartilhavam a alegria que carregavam estampadas em seus sorrisos.
Bem, altas horas Rudolf e Aline chamaram discretamente Tony e Deborah num cantinho e pediram ajuda a eles para deixarem a festa sem ser percebido suas ausências, afinal a lua de mel estava programada e o casal não via a hora de partir rumo a ela. Os amigos camuflaram a saída e assim os convidados só deram pela falta dos casados quando a festa estava se aproximando do seu final ou seja, o dia estava para amanhecer.
Com a lua de mel de Rudolf e Aline a todo vapor, chega a vez de Deborah e Tony planejar suas núpcias, toda a euforia muda de lado, o sucesso da festa do casal de amigos foi merecida, no entanto Deborah tinha que organizar sua própria festa, afinal pouco mais de um mês a separava do grande dia de sua vida, onde toda a fantasia na ficção passaria a ser a realidade.
Tony assumiu temporariamente o lugar de Rudolf no hospital e estava se saindo muito bem, tanto que o diretor do hospital não cansava de tecer elogios ao médico, aliás substituir Rudolf não era tarefa fácil, carismático, talentoso e muito comprometido com seus pacientes, Tony não estava tendo vida fácil, embora cada dia uma nova surpresa, porem tudo contribuía para que sua experiência aumentasse.
Atendia todos os seus pacientes e também os pacientes do doutor Rudolf, tudo corria bem até que, Jhonatan é internado passando muito mal e sentindo muitas dores, um jovem aparentemente saudável num leito de hospital nem sempre é comum. Doutor Tony fora chamado com urgência no quarto onde se encontrava Jhonatan, chegando lá executou alguns procedimentos de rotina e antes de confirmar o diagnóstico repetiu a rotina anterior, assim que pode diagnosticar com certeza, medicou o jovem e o recomendou repouso por algumas horas, em seguida deixou o quarto e foi esclarecer seu quadro aos seus pais presentes na sala de espera do hospital.
Mais um paciente saindo daquele hospital recuperado e muito feliz, a fama da dupla de médicos aumentava ainda mais e repercutia em outras unidades de saúde da região. Tony se consolidava como um dos melhores médicos juntamente com o doutor Rudolf.
Quem diria, antes inimigos na fronteira, agora amigos sem fronteira! 

Autor: José Venuto